"Uma dessas feras onde cada música poderia ser um single", diz crítico sobre Wanted on Voyage


 O crítico Lee Trewhela escreveu uma resenha sobre o show do George no Hall For Cornwall, que aconteceu no dia 25/06. Na resenha, o crítico elogiou o álbum Wanted on Voyage e disse que todas as músicas poderiam ser single. Confira a resenha traduzida abaixo:

 Que bela jornada a que George tem estado. 
 Alguns anos atrás eu o vi em um slot de apoio em sua própria casa em Bristol, quando ninguém estava ciente do grande jovem esquisito carregando uma guitarra - era óbvio que muitas pessoas ficariam cientes.
 Então ele fez uma turnê discreta pelo país, particularmente afeiçoado a tocar em Cornwall em uma infinidade de lugares pequenos - sendo o maior deles o The Acorn, em Penzance
 Ano passado ele se tornou a sensação do Glastonbury. Vendeu mais de 1 milhão de cópias do seu álbum de estréia, Wanted On Voyage, e agora vende e se apresenta em toda parte - na verdade, quando essa apresentação no Glasto, em Truro, foi anunciada, os ingressos se foram em questão de minutos.
 E ele tem apenas 22 anos. 
Com a força de sua apresentação tempestuosa, ele está lidando muito bem com a imagem de "rock star".  
 Antes que ele aparecesse para uma recepção calorosa, fomos tratados com a presença um tanto incongruente dos fiéis locais, Me And The Devil, cuja rockabilly-country-blues foi, francamente, brilhante.  
 De Mystery Train do Elvis para Canned Heat's On The Road Again, eles ganharam a grande platéia completamente - tudo saúda as proezas harmônicas de Morgen Robbins.
 Como ele mesmo nos disse depois, George teve um raro descanso de três semanas em sua agenda no mês passado. Que lugar escolher para ir? Cornwall, claro - uma casa de campo em Perranwell, precisamente.
 Enquanto estava por aqui, visitou um festival de pizza e cerveja no Smugglers em Cubert, viu Me And The Devil tocar, adorou-os e pediu à banda para apoiá-lo no Hall For Cornwall. Que Deus o abençoe. 
 George e sua banda foram para cima de um palco de reposição, mas que foi engenhosamente concebido - a torre de malas refletindo as viagens pela Europa que inspiraram o álbum, fazendo uma mesa de bebidas para ele, que ficou parado sobre um tapete aconchegante e com letras salientes soletrando o nome EZRA atrás dele, em um estilo próprio de pop star.
 Ele procedeu mais ou menos em tocar seu álbum completo, uma dessas feras onde cada música poderia ser um single -  e nós ganhamos todas essas: a versão gloriosa de Cassy O', Budapest, Blame It On Me e Listen To The Man.
 Ele tem aquele dom raro de escrever músicas com boas letras e refrões quentes, que apelam tanto para o ouvinte superficial quanto para os hipsters com turn-ups e barbas.
 De fato, uma pista para o talento de Ezra veio com dois covers apresentados - Girl From The North Country, de Bob Dylan, e Try, de Macy Gray. Hábil, composições poéticas dos grandes, mudo, cativante e feito para agradar multidões. 
 Os destaques para mim são quanto tudo fica mais escuro: Spectacular Rival e a deslumbrante e encerradora Did You Hear The Rain? - com a participação de uma introdução a cappella - provaram que sua banda o leva à um território bem mais interessante do que quando ele está sozinho. Bad Seeds confrontado por um áspero Jeff Buckley, talvez. 
 Ele também conhece seus antepassados musicais - Stand By Your Gun arranhou em um jeito periclitante de suco de laranja, enquanto ele dispensava um vocal de Morrisey, o que provavelmente se perdeu em três quartos da multidão (crianças, vocês vão olhar para trás e fazer caretas para todas aquelas malditas selfies, que vão te distrair da vida real que está diante de seus olhos). 
 A nova faixa Song 6 apontou o caminho para um futuro garantido, assim como toda a apresentação confiante na noite de quinta-feira.
Curioso sobre George? Está atrasado demais para a festa... 

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